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23 août 2006

DISSENT

China on the Capitalist Road - David Bensman

In 2005, China experienced more than seventy five thousand public protests in rural villages and urban factories. These bursts of discontent appear to have made a deep impression on China’s party leaders. As in nineteenth-century Europe, the specter of revolution calls forth reform. But the capitalist road has lots of twists and turns. A recent trip to Beijing presented a myriad of images: LINK

Show Business and 'Lawfare' in Rwanda: Twelve Years After the Genocide - Constance Morrill

Twelve years ago this summer, over a period of a hundred days, between five hundred thousand and eight hundred thousand Rwandans—mostly Tutsi—were slaughtered with a brutality that shocked the world into paralysis. Although Tutsis were the main targets of this genocidal killing, Hutus who opposed the extermination campaign were also massacred. The killers ranged from the Presidential Guard to many members of the former army to the interahamwe militias, propelled by extremist elements within the then-ruling regime: friends and neighbors of the people they murdered. All had fallen prey to the genocidal political ideology of Hutu Power, which reached the population via the airwaves with anti-Tutsi refrains of “The graves are not yet full!”, and “Remember to kill the little rats as well as the big rats,” and “Leave none to tell the story!” (...) - LINK

Moving Right? Bush's Decline and American Conservatism - David Plotke

Have George W. Bush’s administrations produced a large shift to the right in politics in the United States since 2001? The answer is no—but this is mainly because of prior shifts in that direction. My aim in addressing this question is to understand the recent past and to help provide a framework for thinking about the next presidential election. With the administration’s approval ratings plummeting, Democratic victories seem possible. But no outcome is guaranteed. I will begin with the political context of Bush’s evident decline, and then assess the effects of the administrations’ efforts both for public opinion and policies.(....) - LINK

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26 avril 2006

PERPLEXIDADES

Deu-me muito gozo constatar a perplexidade dos editorialistas da nossa praça perante o  discurso de Cavaco Silva:

- Os directores de 3 jornais "de referência" baldaram-se: José Manuel Fernandes (PÚBLICO), António José Teixeira (DN) e Sérgio Figueiredo (Jornal de Negócios). O espadista JMF deve estar especilmente incomodado.

- O director do Diário Económico (Martim Avilez Figueiredo) desdobrou-se numa prestidigitação interpretativa que inventa um Cavaco tão manipulador quanto habilidoso, dotado duma inteligência digna de Humberto Ecco.

- Vicente Jorge Silva, repentista, imaginativo e sempre "radical", oferece aos seus leitores um super-Cavaco à esquerda de Sócrates (o que não é difícil), possível benemérito da Pátria e generoso Cavaleiro-andante-defensor-dos-pobres-e-oprimidos-se-possível-idosos.

Tudo uma delícia!

Mas uma coisa é certa: Cavaco não é um liberal e, como economista, SABE que é preciso apertar o cinto. Mais e diferente. A entrevista de hoje de Marques Mendes ao Diário Económico intui claramente isso. Por uma vez, MM foi líder do PSD.

P.S. É claro que os aludidos directores faltaram com justificação.  (Consta estarem em reflexão sabática). Entretanto, aguardo com expectativa o próximo EXPRESSO. Que puxão de orelhas!

19 avril 2006

AQUI E ALI

Helena Garrido - EDITORIAL                              
A análise do Banco de Portugal à economia portuguesa, ontem divulgada, é aterradora. Nada que não se esperasse. Todos sabíamos que 2005 tinha sido pior que 2004. Mas o quadro das medidas que são necessárias para Portugal combater os estrangulamentos que tem, na posição intermédia que hoje ocupa na cadeia de produção do mundo, justifica todas as preocupações. Mesmo com actuações rápidas, não há garantias de sucesso  (DN)

Pedro Rolo Duarte
O que me incomoda é, uma vez mais, a forma como se pratica o jornalismo entre nós. Debaixo da agenda que as instituições determinam, com pouca imaginação, com pouca ousadia. Eu gostava de perceber se a Clara tem razão ou não - e não é com crónicas que lá chego, é com jornalismo. Mas ninguém quer saber do assunto, e eu fico na mesma. Ou melhor: fico a pensar que a Clara, provavelmente, tem razão. E nesse caso, "nas tintas" para a gripe... (DN)

Vicente Jorge Silva
Que a Itália rica e desenvolvida do Norte se tenha comportado eleitoralmente como uma região do Terceiro Mundo, identificando-se com Berlusconi e recusando encarar de frente o balanço catastrófico dos últimos cinco anos (reconhecido, aliás, pela elite empresarial), é um sinal que aponta claramente para a desintegração dos padrões de um Estado democrático moderno e até da própria ideia de Estado. Ideia essa substituída pela imagem de impunidade triunfante com que o patrão todo-poderoso dos media transalpinos e chefe do Governo de Roma geria o mais impensável conflito de interesses de que há registo recente em democracia (e não apenas na Europa). (DN)

Vasco Graça  Moura
... a Europa não permite grandes optimismos. Para referir apenas alguns dos muitos pontos sensíveis, a estratégia de Lisboa, não obstante a inteligente reformulação dela em que Durão Barroso se tem empenhado a fundo, confronta-se agora, e ao mesmo tempo, com os proteccionismos económicos nacionalistas, com a rigidez das normas dos mercados laborais, com o crónico insucesso europeu em matéria de investigação e desenvolvimento, com a emergência das economias asiáticas, com a crise no sector energético, com a situação no Médio Oriente, com a impotência da Europa em se precaver de modo a fazer face à ameaça nuclear iraniana e, antes de tudo isso, com uma opinião pública imediatista e habituada a um bem-estar cada vez mais insustentável.(DN)

Loureiro dos Santos
No Afeganistão, qual é a vontade política que prevalecerá na conduta do combate à subversão? A vontade norte-americana, cujos militares estão a retirar? A do Presidente afegão, que mal controla o território e não exerce o comando dos meios militares? A do Conselho da NATO, órgão colectivo, de decisão lenta, imprópria para definir uma linha de acção clara e rápida, que as operações podem exigir - tanto nas manobras político-psicológica e económico-social, como na própria manobra militar?
As crises do Iraque e do Irão, aliás intimamente relacionadas, são desenvolvimentos muito perigosos da actual situação internacional, cujas repercussões afectam directamente o nosso país. Mas não é menos perigosa a situação que se vive no Afeganistão e a forma como ela irá evoluir
. (PÚBLICO)

Paulo C. Rangel
As mudanças a efectuar não se deverão focar nas falhas passadas e na sua obsessiva reparação, mas na preparação de uma sociedade em que o papel político-institucional dos tribunais vai necessariamente avultar. Numa sociedade menos estatizada, mais internacionalizada, mais conflituante e plural, em que a máquina executiva todos os dias perde capacidade de intervenção e resposta, os tribunais e os serviços de justiça em geral tenderão a tornar-se, cada vez mais, instâncias de arbitragem social. Num quadro de separação dos poderes em que o legislativo e o executivo surgem federados e em que emerge toda a sorte de poderes fácticos, a função de balanço, equilíbrio e controlo do judicial antolha-se indispensável. O que, portanto, não reclama um "acantonamento" administrativo ou burocrático, mas antes exige uma valorização institucional e política. Valorização que postula, por sua vez e ao contrário do que sustenta uma terceira visão (a corporativa), um reforço dos canais de comunicação democrática, isto é, mudanças sensíveis nos diferentes níveis de legitimidade e de aferição da responsabilidade. O perigo, por agora, porém, não parece ser o da inflamação corporativa, mas antes o da castração administrativa (PÚBLICO)

10 avril 2006

AÇORES (FURNAS)

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10 avril 2006

AQUI E ALI

Pedro Magalhães (PÚBLICO)
os candidatos mais bem sucedidos foram aqueles que conseguiram não só atrair o voto dos "independentes", mas também aqueles que conseguiram mobilizar e enquadrar os eleitores que sentem maior hostilidade em relação aos partidos e ao seu papel na democracia portuguesa. As implicações do fenómeno são muitas e terão de ficar para outro dia. Mas há uma pergunta óbvia a que já não se consegue escapar: conseguirá um dia um candidato presidencial fazer-se eleger contra os partidos? Ao que parece, já estivemos mais longe.

André Freire (PÚBLICO)
os principais determinantes do voto nas presidenciais de 2006 (isto é, que se mantêm significativos) foram, por ordem decrescente de importância, a ideologia, a "prática religiosa", as expectativas quanto ao intervencionismo presidencial, a "classe social subjectiva" e a avaliação do desempenho de Sampaio. Ou seja, Cavaco beneficiou fundamentalmente do voto da direita e do centro, dos eleitores mais religiosos, daqueles que pretendem um maior intervencionismo presidencial e dos que consideram ter maior estatuto social. Portanto, o novo PR granjeou sobretudo do apoio do eleitorado tradicional da direita. Mas a significativa penetração ao centro não será alheia à sua plataforma social-democrata e, porventura também, à ideia da "cooperação estratégica".

Marina Costa Lobo (PÚBLICO)
é a simpatia pelo candidato que surge como o factor mais importante na explicação do voto. Já sabíamos que os líderes são muito importantes nas eleições legislativas, eleições onde os partidos têm o monopólio da representação. Numa eleição presidencial a tendência para a personalização ainda é maior, tendo em conta que o cargo é unipessoal. Portanto, o contexto é ideal para que a personalização do voto se torne ainda mais acentuada e que este factor surja como preponderante. E foi o que de facto aconteceu. A estratégia "partidária" de Soares estava errada, a de "personalização" de Alegre e Cavaco certa. Estes desenvolvimentos parecem-me algo preocupantes, na medida em que os partidos e a identificação partidária são essenciais ao bom funcionamento da democracia.

Francisco José Viegas (DN)
salvaguardado o interesse privado e o amor apaixonado que a TV Cabo agora devota à estação da IURD, o interesse público pede o fim imediato do controlo quase monopolista da PT sobre o cabo, a fim de alguém nos poder oferecer um canal brasileiro decente, ou bem feito, como o GNT. Se o pessoal da TV Cabo não tem gosto nem pode resistir às pressões do dinheiro da TV Record, eu até compreendo. Mas quem nos compreende a nós, telespectadores, entregues a essa gente

João César das Neves (DN)
A finalidade última das repartições de finanças não é arrecadar dinheiro, mas justificar os seus postos de trabalho. Por isso permanecem as infindas inspecções às declarações dos pobres, cujo eventual ganho fiscal seria sempre menor que o custo do tempo do inspector.
Portugal era tradicionalmente um país sem graves problemas sociais de desigualdade. Havia muita pobreza, mas sem os contrastes de outras zonas do mundo. É paradoxal que tenha sido a democracia a suscitar o problema, colocando-o já num estádio preocupante. Com a agravante de que as soluções propostas estão, também elas, ligadas à causa da injustiça. 

Joana Amaral Dias (DN)
O Governo, que apenas assegura este acervo por um tempo limitado, não fez mais do que adiar a solução do problema. Berardo, com a sua arte do negócio, teve tudo o que queria - e se calhar mais terá. Nós pagamos (e bem) para ver o Centro Comercial Berardo. 

António Perez Metelo (DN)
As empresas fazem chegar todos os dias ofertas de trabalho aos centros de emprego da rede do IEFP em todo o país. A taxa de sucesso no encontro entre aquilo que as empresas precisam e aquilo que esta legião de de-sempregados tem para oferecer é de apenas 50%. Um em cada dois postos de trabalho fica por preencher.
Nesta equação entra a ineficiência dos serviços do Estado, da sua base de dados, da incapacidade de se relacionar com os trabalhadores inscritos em cada zona, mas também do grau de exigência que o Estado impõe aos desempregados, como contrapartida do subsídio que dá, para que estes se empenhem em encontrar novas oportunidades de trabalho e em aceitar o que lhes é proposto.
 


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6 avril 2006

NO MUNDO DAS OPINIÕES DO MUNDO


Ignacio Sotelo - Las dos Espanas
"(...) La campaña de deslegitimación del Gobierno socialista que el PP ha llevado a cabo durante estos dos años obedece a razones de distinto tipo, desde coyunturales, como la rabia de haber perdido el poder por culpa propia, hasta la debilidad del liderazgo de Rajoy que, tras tan inesperada derrota, ha tenido que compartirlo con un Aznar en la sombra que no ha podido retirarse en olor de santidad, como hubiera sido su deseo. El factor más perturbador en estos dos años ha sido que Aznar y sus adláteres hayan permanecido en el ruedo para defender, tanto el honor -se empeñan en negar, contra toda evidencia, que mintieron en los tres días fatídicos- como el haber apoyado servilmente una política belicista repleta de patrañas, que habrían hecho propia por ignorancia o por cinismo; en ambos casos, no quedan muy bien parados. (...)" - EL PAIS

EDITORIAL
"El Papa Benedicto XVI se mostró ayer esperanzado ante la posibilidad de la definitiva paz en el País Vasco y en España y apeló, en castellano, a que "todos intensifiquen sus esfuerzos con el fin de consolidar este horizonte (...) y superar los obstáculos que puedan presentarse". La llamada la hizo en la audiencia del miércoles, en la plaza de San Pedro, tras recordar que mañana se celebran quinientos años del nacimiento de Francisco Javier, el santo navarro. Una apelación que está en sintonía con lo que espera una gran mayoría de españoles, sean o no creyentes. (...) - LA VANGUARDIA

EDITORIAL- Resolving the Wiretap Debate
(...) Getting the courts involved would elevate the domestic spying debate from the level at which it has languished in Congress — where defenders of the program have been quick to charge critics with being politically motivated and unpatriotic. A ruling from the Supreme Court would keep the focus where it should be, on the law and the serious civil liberties issues presented by Mr. Bush's domestic espionage." - THE NY TIMES

EDITORIAL: The young will not find jobs if they are overprotected
"(...) You wouldn't start from here. Unfortunately here is exactly where President Jacques Chirac does start from - with a million demonstrators on the streets, two-thirds of universities closed and the biggest protests France has seen since May 1968. And the protesters are in a belligerent mood. Before trade union and student leaders went into talks yesterday with the French Interior Minister, Nicolas Sarkozy, they brushed aside the deal Chirac has offered over the proposed new youth employment law. Originally, it was to allow French companies to hire and fire people under 26 without explanation in their first two years of work. The President had suggested amending the period to one year and requiring employers to offer a cogent explanation, as well as a severance package.
To an outsider that looks a sensible compromise. Youth unemployment is currently running at 23 per cent in France and is as much as 40 per cent in the sink estates where last year's violence was worst. The baleful effects of France's rigid labour laws are largely to blame. They protect those in work, but do nothing to get the unemployed into a job. Employers do not take on many new staff because it is almost impossible to fire them if they prove unsuitable or are no longer needed. So a few get jobs, most can find only short-term contract work, and many have nothing at all.(...)" - THE INDEPENDENT

America cannot have it both ways with Russia - Nikolas Gvosdev and Dimitri Simes
"The United States has insisted it is serious about working through the United Nations to put meaningful pressure on Iran to give up its quest for a nuclear weapons capability. But the watered-down and anaemic statement issued recently by the UN Security Council (itself a product of three weeks of intensive negotiations) does not bode well for success. It is a useful first step but clearly far short of what the Bush administration wanted.
Yet, as Brent Scowcroft, the former US national security adviser, observed recently: "To deter Iran, it is essential that there be a united front between the US, the European Union, Russia and China to prevent Iran from exploiting any differences or finding any sort of wiggle room that would allow it to continue with its programme." M(...)" - THE FINANTIAL TIMES

L'adieu aux armes d'ETA -  Jacques AMALRIC
"Le dernier foyer de terrorisme encore actif en Europe va-t-il s'éteindre définitivement ? C'est le pari qu'a fait José Luis Zapatero, le Premier ministre socialiste, dès son arrivée au pouvoir, au lendemain des attentats islamistes qui ont ensanglanté Madrid le 11 mars 2004. Un an plus tard, à sa demande, le Congrès des députés l'autorisait à ouvrir un dialogue avec ETA à condition que l'organisation dépose les armes. Nous y sommes presque depuis que l'organisation terroriste a décrété le 22 mars un «cessez-le-feu permanent», appelant «les citoyens basques à participer au processus de paix» pour «édifier un nouveau cadre au sein duquel soient reconnus les droits qui [leur] reviennent en tant que peuple». Reste à savoir si la décision d'ETA relève de la tactique ou de la stratégie. Si son renoncement aux assassinats (on lui en impute 817 depuis 1968) est définitif ou s'il s'agit d'une simple trêve, comme tant d'autres dans le passé. Si son entrée en politique équivaut à un ralliement aux principes démocratiques qu'elle a combattus avec infiniment plus de violence qu'elle ne combattait jadis le franquisme. (...)" - LIBÉRATION

      

6 avril 2006

SARKOZY LE FOSSOYEUR

SARKOZY LE FOSSOYEUR

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En présentant ses réformes institutionnelles, il entend tourner la page de l'ère Chirac
EDITORIAL • A bout de souffle
Villepinl'esbroufeur
Chirac, la fin aussi sera ratée
A savoir
La colère a rendez-vous en 2007
Les syndicats donnent dix jours à l'UMP pour abroger
Les faits du jour
Les routes et les trains, cibles étudiantes
Manifestant dans le coma : deuxième plainte
La route Napoléon taille Villepin
Accéder au forum Fin de contrat pour Villepin?

6 avril 2006

Paquete de Oliveira (JN)Mas nunca por nunca uma

Paquete de Oliveira (JN)
Mas nunca por nunca uma polícia destas, na estrutura essencial na orgânica da defesa de um Estado democrático, pode passar por situações de ridícula miserabilidade como aquelas que, nesta contenda, a opinião pública tomou conhecimento carros (aliás, alguns, bastante velhos) sem combustível para andar, agentes a viajar em serviço à boleia, falta de verbas para coisas mínimas ou ajudas de custo com atrasos substanciais. O Estado que não "arma" a Polícia não pode estar defendido. As crianças gostam de brincar aos polícias. Mas com polícias não se brinca.

Mário Bettencourt Resende (DN)
Num exercício de liberdade de expressão, um assessor do Presidente da República utilizou o seu blogue pessoal para fazer críticas severas à política governamental de reforma da administração pública. É uma opinião que não compromete o Chefe do Estado - pelo menos desta vez. Para o futuro, e a bem da paz institucional, haverá que ter presente que há cargos cuja aceitação implica restrições objectivas na prática da cidadania.

José Pacheco Pereira (PÚBLICO)
Precisamos é de políticas que incorporem a maior quantidade de saber possível, que sejam produzidas por cidadãos que usem os seus conhecimentos a favor de uma ideia de "bem público", que conheçam melhor o seu país, estudem os problemas e sejam capazes de ouvir e de pensar sem ser com o "politiquês" pavloviano que se usa hoje em Portugal.
Comece a oposição por fazer este trabalho de casa, logo a seguir verá como é fácil avançar com um programa próprio e autónomo, que nenhum exercício de "ocupação do espaço político", como se diz que o eng. Sócrates está a fazer, pode diminuir.

Luís Costa (PÚBLICO)
como se pode compreender que haja alguém - mesmo o mais empedernido adversário da regionalização - que seja capaz de desejar o insucesso da reforma proposta pelo Governo só para travar os ímpetos descentralizadores? Que pugne, mesmo que não o assuma, pela manutenção de serviços que deveriam ter âmbito regional e funcionam num quadro distrital? Que defenda a manutenção de estruturas cujo tipo de funções se adequam às cinco grandes regiões, mas que têm um âmbito aleatório? Que faça questão de insistir na manutenção de múltiplas orgânicas nos diferentes ministérios, assentes num vasto conjunto de serviços desconcentrados que obedecem a uma lógica administrativa e territorial própria, assim limitando a partilha de recursos e provocando ineficiência e despesismo?
E o que é isso de quererem "tornar inútil o referendo", como diz Manuela Ferreira Leite? Trata-se de uma afirmação que pressupõe que a utilidade do referendo é tanto maior quanto se garantir previamente a derrota da regionalização.
E é gente desta que tem lugar cativo no novo Conselho de Estado?

Jorge Miranda (PÚBLICO)
A Constituição continua sendo, após sete revisões constitucionais e a entrada de Portugal para a Comunidade Europeia e a passagem desta a União Europeia, além de tantas transformações registadas no país e no mundo, a mesma Constituição que a Assembleia Constituinte aprovou em 1976 - porque uma Constituição consiste, essencialmente, num complexo de princípios e não de preceitos.
Foram modificadas dezenas e dezenas de artigos, mas permaneceram os princípios cardeais que lhes conferem sentido e coerência. A Constituição continua sendo Constituição de liberdade e Constituição de solidariedade

José Manuel Fernandes (Editorial do PÚBLICO)
Temos pois uma juventude enfiada num beco sem saída ou cuja única saída é ir para o estrangeiro. É o que já faz um quinto (repito: um quinto) daqueles em que o Estado português investiu fortunas para que estudassem, se licenciassem e se doutorassem. Ou é o que fazem cada vez mais jovens franceses que atravessam a Mancha à procura de empregos no Reino Unido, de acordo com uma reportagem do Libération.
Ora isto sucede porque protegemos de mais os que estão empregados e desprotegemos em absoluto os que aspiram ao primeiro emprego. A protecção social resulta na maior injustiça social. E, em nome da rigidez do Estado social, os melhores de entre os jovens fogem para o mundo anglo-saxónico, onde impera o tal horroroso neoliberalismo. Deve ser por masoquismo...

Luís Pais Antunes (DN)
Tudo se resume, pois, a uma questão de (mau) sono. Em vez de regressarem a suas casas para um retemperador descanso, os membros do Governo percorrem durante a noite os iluminados corredores dos edifícios governamentais discutindo com afã estudos, diagnósticos, livros brancos e de outras cores, planos, programas, reformas. De manhã, ao raiar do Sol, é vê-los sair dos seus gabinetes lutando contra o sono, mas prontos para calcorrear o país em inspiradas e coloridas apresentações dos seus trabalhos nocturnos. Não se estranhe, pois, a existência de episódios menos felizes e de resultados menos conseguidos.

João Morgado Fernandes (Editorial do PÚBLICO)
O manifesto bom entendimento patenteado ontem por Sócrates e Eduardo dos Santos destina-se, prioritariamente, a dar confiança aos investidores portugueses. Alguns dos acordos anunciados nesta visita serão a base dessa confiança.
Não é todos os dias que uma porta destas se abre. Aparentemente, muitos querem aproveitar. Resta saber se, mais uma vez, se vai perder a oportunidade.

Luciano Amaral (DN)
O Iraque actual não é, de facto, a sétima, nem sequer a sexta, maravilha do mundo, mas tem muitas vantagens sobre o antigo. Para além daquelas que são já visíveis (deposição do tirano e princípio de democratização), tem ainda as potenciais. O Iraque antigo tinha pouco para melhorar. O actual, pelo contrário, tem bastantes ingredientes para isso, e nem sequer é preciso que dali resulte uma espécie de Suíça no Eufrates para que o exercício tenha valido a pena.
Ninguém nega que as coisas ainda possam correr mal. Mas uma coisa é a possibilidade, outra é o que elas são e outra ainda é desejá-lo furiosamente, como por aí se vê. 


 


6 avril 2006

AQUI E ALI

Paquete de Oliveira (JN)
Mas nunca por nunca uma polícia destas, na estrutura essencial na orgânica da defesa de um Estado democrático, pode passar por situações de ridícula miserabilidade como aquelas que, nesta contenda, a opinião pública tomou conhecimento carros (aliás, alguns, bastante velhos) sem combustível para andar, agentes a viajar em serviço à boleia, falta de verbas para coisas mínimas ou ajudas de custo com atrasos substanciais. O Estado que não "arma" a Polícia não pode estar defendido. As crianças gostam de brincar aos polícias. Mas com polícias não se brinca.

Mário Bettencourt Resende (DN)

Mas nunca por nunca uma polícia destas, na estrutura essencial na orgânica da defesa de um Estado democrático, pode passar por situações de ridícula miserabilidade como aquelas que, nesta contenda, a opinião pública tomou conhecimento carros (aliás, alguns, bastante velhos) sem combustível para andar, agentes a viajar em serviço à boleia, falta de verbas para coisas mínimas ou ajudas de custo com atrasos substanciais. O Estado que não "arma" a Polícia não pode estar defendido. As crianças gostam de brincar aos polícias. Mas com polícias não se brinca.

Mãrio Bettencourt Resende (DN)
Num exercício de liberdade de expressão, um assessor do Presidente da República utilizou o seu blogue pessoal para fazer críticas severas à política governamental de reforma da administração pública. É uma opinião que não compromete o Chefe do Estado - pelo menos desta vez. Para o futuro, e a bem da paz institucional, haverá que ter presente que há cargos cuja aceitação implica restrições objectivas na prática da cidadania.

José Pacheco Pereira (PÚBLICO)
Precisamos é de políticas que incorporem a maior quantidade de saber possível, que sejam produzidas por cidadãos que usem os seus conhecimentos a favor de uma ideia de "bem público", que conheçam melhor o seu país, estudem os problemas e sejam capazes de ouvir e de pensar sem ser com o "politiquês" pavloviano que se usa hoje em Portugal.
Comece a oposição por fazer este trabalho de casa, logo a seguir verá como é fácil avançar com um programa próprio e autónomo, que nenhum exercício de "ocupação do espaço político", como se diz que o eng. Sócrates está a fazer, pode diminuir.

Luís Costa (PÚBLICO)
como se pode compreender que haja alguém - mesmo o mais empedernido adversário da regionalização - que seja capaz de desejar o insucesso da reforma proposta pelo Governo só para travar os ímpetos descentralizadores? Que pugne, mesmo que não o assuma, pela manutenção de serviços que deveriam ter âmbito regional e funcionam num quadro distrital? Que defenda a manutenção de estruturas cujo tipo de funções se adequam às cinco grandes regiões, mas que têm um âmbito aleatório? Que faça questão de insistir na manutenção de múltiplas orgânicas nos diferentes ministérios, assentes num vasto conjunto de serviços desconcentrados que obedecem a uma lógica administrativa e territorial própria, assim limitando a partilha de recursos e provocando ineficiência e despesismo?
E o que é isso de quererem "tornar inútil o referendo", como diz Manuela Ferreira Leite? Trata-se de uma afirmação que pressupõe que a utilidade do referendo é tanto maior quanto se garantir previamente a derrota da regionalização.
E é gente desta que tem lugar cativo no novo Conselho de Estado?

Jorge Miranda (PÚBLICO)
A Constituição continua sendo, após sete revisões constitucionais e a entrada de Portugal para a Comunidade Europeia e a passagem desta a União Europeia, além de tantas transformações registadas no país e no mundo, a mesma Constituição que a Assembleia Constituinte aprovou em 1976 - porque uma Constituição consiste, essencialmente, num complexo de princípios e não de preceitos.
Foram modificadas dezenas e dezenas de artigos, mas permaneceram os princípios cardeais que lhes conferem sentido e coerência. A Constituição continua sendo Constituição de liberdade e Constituição de solidariedade

José Manuel Fernandes (Editorial do PÚBLICO)
Temos pois uma juventude enfiada num beco sem saída ou cuja única saída é ir para o estrangeiro. É o que já faz um quinto (repito: um quinto) daqueles em que o Estado português investiu fortunas para que estudassem, se licenciassem e se doutorassem. Ou é o que fazem cada vez mais jovens franceses que atravessam a Mancha à procura de empregos no Reino Unido, de acordo com uma reportagem do Libération.
Ora isto sucede porque protegemos de mais os que estão empregados e desprotegemos em absoluto os que aspiram ao primeiro emprego. A protecção social resulta na maior injustiça social. E, em nome da rigidez do Estado social, os melhores de entre os jovens fogem para o mundo anglo-saxónico, onde impera o tal horroroso neoliberalismo. Deve ser por masoquismo...

Luís Pais Antunes (DN)
Tudo se resume, pois, a uma questão de (mau) sono. Em vez de regressarem a suas casas para um retemperador descanso, os membros do Governo percorrem durante a noite os iluminados corredores dos edifícios governamentais discutindo com afã estudos, diagnósticos, livros brancos e de outras cores, planos, programas, reformas. De manhã, ao raiar do Sol, é vê-los sair dos seus gabinetes lutando contra o sono, mas prontos para calcorrear o país em inspiradas e coloridas apresentações dos seus trabalhos nocturnos. Não se estranhe, pois, a existência de episódios menos felizes e de resultados menos conseguidos.

João Morgado Fernandes (Editorial do PÚBLICO)
O manifesto bom entendimento patenteado ontem por Sócrates e Eduardo dos Santos destina-se, prioritariamente, a dar confiança aos investidores portugueses. Alguns dos acordos anunciados nesta visita serão a base dessa confiança.
Não é todos os dias que uma porta destas se abre. Aparentemente, muitos querem aproveitar. Resta saber se, mais uma vez, se vai perder a oportunidade.

Luciano Amaral (DN)
O Iraque actual não é, de facto, a sétima, nem sequer a sexta, maravilha do mundo, mas tem muitas vantagens sobre o antigo. Para além daquelas que são já visíveis (deposição do tirano e princípio de democratização), tem ainda as potenciais. O Iraque antigo tinha pouco para melhorar. O actual, pelo contrário, tem bastantes ingredientes para isso, e nem sequer é preciso que dali resulte uma espécie de Suíça no Eufrates para que o exercício tenha valido a pena.
Ninguém nega que as coisas ainda possam correr mal. Mas uma coisa é a possibilidade, outra é o que elas são e outra ainda é desejá-lo furiosamente, como por aí se vê. 


 



Num exercício de liberdade de expressão, um assessor do Presidente da República utilizou o seu blogue pessoal para fazer críticas severas à política governamental de reforma da administração pública. É uma opinião que não compromete o Chefe do Estado - pelo menos desta vez. Para o futuro, e a bem da paz institucional, haverá que ter presente que há cargos cuja aceitação implica restrições objectivas na prática da cidadania.

José Pacheco Pereira (PÚBLICO)
Precisamos é de políticas que incorporem a maior quantidade de saber possível, que sejam produzidas por cidadãos que usem os seus conhecimentos a favor de uma ideia de "bem público", que conheçam melhor o seu país, estudem os problemas e sejam capazes de ouvir e de pensar sem ser com o "politiquês" pavloviano que se usa hoje em Portugal.
Comece a oposição por fazer este trabalho de casa, logo a seguir verá como é fácil avançar com um programa próprio e autónomo, que nenhum exercício de "ocupação do espaço político", como se diz que o eng. Sócrates está a fazer, pode diminuir.

Luís Costa (PÚBLICO)
como se pode compreender que haja alguém - mesmo o mais empedernido adversário da regionalização - que seja capaz de desejar o insucesso da reforma proposta pelo Governo só para travar os ímpetos descentralizadores? Que pugne, mesmo que não o assuma, pela manutenção de serviços que deveriam ter âmbito regional e funcionam num quadro distrital? Que defenda a manutenção de estruturas cujo tipo de funções se adequam às cinco grandes regiões, mas que têm um âmbito aleatório? Que faça questão de insistir na manutenção de múltiplas orgânicas nos diferentes ministérios, assentes num vasto conjunto de serviços desconcentrados que obedecem a uma lógica administrativa e territorial própria, assim limitando a partilha de recursos e provocando ineficiência e despesismo?
E o que é isso de quererem "tornar inútil o referendo", como diz Manuela Ferreira Leite? Trata-se de uma afirmação que pressupõe que a utilidade do referendo é tanto maior quanto se garantir previamente a derrota da regionalização.
E é gente desta que tem lugar cativo no novo Conselho de Estado?

Jorge Miranda (PÚBLICO)
A Constituição continua sendo, após sete revisões constitucionais e a entrada de Portugal para a Comunidade Europeia e a passagem desta a União Europeia, além de tantas transformações registadas no país e no mundo, a mesma Constituição que a Assembleia Constituinte aprovou em 1976 - porque uma Constituição consiste, essencialmente, num complexo de princípios e não de preceitos.
Foram modificadas dezenas e dezenas de artigos, mas permaneceram os princípios cardeais que lhes conferem sentido e coerência. A Constituição continua sendo Constituição de liberdade e Constituição de solidariedade

José Manuel Fernandes (Editorial do PÚBLICO)
Temos pois uma juventude enfiada num beco sem saída ou cuja única saída é ir para o estrangeiro. É o que já faz um quinto (repito: um quinto) daqueles em que o Estado português investiu fortunas para que estudassem, se licenciassem e se doutorassem. Ou é o que fazem cada vez mais jovens franceses que atravessam a Mancha à procura de empregos no Reino Unido, de acordo com uma reportagem do Libération.
Ora isto sucede porque protegemos de mais os que estão empregados e desprotegemos em absoluto os que aspiram ao primeiro emprego. A protecção social resulta na maior injustiça social. E, em nome da rigidez do Estado social, os melhores de entre os jovens fogem para o mundo anglo-saxónico, onde impera o tal horroroso neoliberalismo. Deve ser por masoquismo...

Luís Pais Antunes (DN)
Tudo se resume, pois, a uma questão de (mau) sono. Em vez de regressarem a suas casas para um retemperador descanso, os membros do Governo percorrem durante a noite os iluminados corredores dos edifícios governamentais discutindo com afã estudos, diagnósticos, livros brancos e de outras cores, planos, programas, reformas. De manhã, ao raiar do Sol, é vê-los sair dos seus gabinetes lutando contra o sono, mas prontos para calcorrear o país em inspiradas e coloridas apresentações dos seus trabalhos nocturnos. Não se estranhe, pois, a existência de episódios menos felizes e de resultados menos conseguidos.

João Morgado Fernandes (Editorial do PÚBLICO)
O manifesto bom entendimento patenteado ontem por Sócrates e Eduardo dos Santos destina-se, prioritariamente, a dar confiança aos investidores portugueses. Alguns dos acordos anunciados nesta visita serão a base dessa confiança.
Não é todos os dias que uma porta destas se abre. Aparentemente, muitos querem aproveitar. Resta saber se, mais uma vez, se vai perder a oportunidade.

Luciano Amaral (DN)
O Iraque actual não é, de facto, a sétima, nem sequer a sexta, maravilha do mundo, mas tem muitas vantagens sobre o antigo. Para além daquelas que são já visíveis (deposição do tirano e princípio de democratização), tem ainda as potenciais. O Iraque antigo tinha pouco para melhorar. O actual, pelo contrário, tem bastantes ingredientes para isso, e nem sequer é preciso que dali resulte uma espécie de Suíça no Eufrates para que o exercício tenha valido a pena.
Ninguém nega que as coisas ainda possam correr mal. Mas uma coisa é a possibilidade, outra é o que elas são e outra ainda é desejá-lo furiosamente, como por aí se vê. 


 

22 mars 2006

"DEMASIADO TARDE"

É significativo ver um homem da direita "liberal" como o historiador Rui Ramos (artigo no DIÁRIO ECONÓMICO de hoje) ser tão contundente com os Partidos da Oposição à direita do PS e  tão elogioso com Sócrates ("O eng. Sócrates perdeu as últimas eleições, mas parece ter ficado com o que mais importa: ideias e pessoas").

No texto, cheira-se uma grande dose de frustração-impotência: Cavaco abafa os partidos seus próximos, Mendes e Castro não ajudam muito, as elites inventam alibis: "quando vemos as elites do PSD e do CDS proclamerem que «é muito cedo», uma coisa se torna claro: não há ali líderes mas apenas seguidores, não há ali ideias, mas apenas truques".

Rui Ramos passa um atestado de imcompetência política aos dois partidos: "o truque de promover o dr. Santana Lopes a bode expiatório poupou a todos o trabalho de perceber o que correu mal. Ninguém assim aprendeu nada." E termina: "Talvez não seja cedo: talvez seja é demasiado tarde".

Anime-se! O País só fica a ganhar.

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