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10 avril 2006

AQUI E ALI

Pedro Magalhães (PÚBLICO)
os candidatos mais bem sucedidos foram aqueles que conseguiram não só atrair o voto dos "independentes", mas também aqueles que conseguiram mobilizar e enquadrar os eleitores que sentem maior hostilidade em relação aos partidos e ao seu papel na democracia portuguesa. As implicações do fenómeno são muitas e terão de ficar para outro dia. Mas há uma pergunta óbvia a que já não se consegue escapar: conseguirá um dia um candidato presidencial fazer-se eleger contra os partidos? Ao que parece, já estivemos mais longe.

André Freire (PÚBLICO)
os principais determinantes do voto nas presidenciais de 2006 (isto é, que se mantêm significativos) foram, por ordem decrescente de importância, a ideologia, a "prática religiosa", as expectativas quanto ao intervencionismo presidencial, a "classe social subjectiva" e a avaliação do desempenho de Sampaio. Ou seja, Cavaco beneficiou fundamentalmente do voto da direita e do centro, dos eleitores mais religiosos, daqueles que pretendem um maior intervencionismo presidencial e dos que consideram ter maior estatuto social. Portanto, o novo PR granjeou sobretudo do apoio do eleitorado tradicional da direita. Mas a significativa penetração ao centro não será alheia à sua plataforma social-democrata e, porventura também, à ideia da "cooperação estratégica".

Marina Costa Lobo (PÚBLICO)
é a simpatia pelo candidato que surge como o factor mais importante na explicação do voto. Já sabíamos que os líderes são muito importantes nas eleições legislativas, eleições onde os partidos têm o monopólio da representação. Numa eleição presidencial a tendência para a personalização ainda é maior, tendo em conta que o cargo é unipessoal. Portanto, o contexto é ideal para que a personalização do voto se torne ainda mais acentuada e que este factor surja como preponderante. E foi o que de facto aconteceu. A estratégia "partidária" de Soares estava errada, a de "personalização" de Alegre e Cavaco certa. Estes desenvolvimentos parecem-me algo preocupantes, na medida em que os partidos e a identificação partidária são essenciais ao bom funcionamento da democracia.

Francisco José Viegas (DN)
salvaguardado o interesse privado e o amor apaixonado que a TV Cabo agora devota à estação da IURD, o interesse público pede o fim imediato do controlo quase monopolista da PT sobre o cabo, a fim de alguém nos poder oferecer um canal brasileiro decente, ou bem feito, como o GNT. Se o pessoal da TV Cabo não tem gosto nem pode resistir às pressões do dinheiro da TV Record, eu até compreendo. Mas quem nos compreende a nós, telespectadores, entregues a essa gente

João César das Neves (DN)
A finalidade última das repartições de finanças não é arrecadar dinheiro, mas justificar os seus postos de trabalho. Por isso permanecem as infindas inspecções às declarações dos pobres, cujo eventual ganho fiscal seria sempre menor que o custo do tempo do inspector.
Portugal era tradicionalmente um país sem graves problemas sociais de desigualdade. Havia muita pobreza, mas sem os contrastes de outras zonas do mundo. É paradoxal que tenha sido a democracia a suscitar o problema, colocando-o já num estádio preocupante. Com a agravante de que as soluções propostas estão, também elas, ligadas à causa da injustiça. 

Joana Amaral Dias (DN)
O Governo, que apenas assegura este acervo por um tempo limitado, não fez mais do que adiar a solução do problema. Berardo, com a sua arte do negócio, teve tudo o que queria - e se calhar mais terá. Nós pagamos (e bem) para ver o Centro Comercial Berardo. 

António Perez Metelo (DN)
As empresas fazem chegar todos os dias ofertas de trabalho aos centros de emprego da rede do IEFP em todo o país. A taxa de sucesso no encontro entre aquilo que as empresas precisam e aquilo que esta legião de de-sempregados tem para oferecer é de apenas 50%. Um em cada dois postos de trabalho fica por preencher.
Nesta equação entra a ineficiência dos serviços do Estado, da sua base de dados, da incapacidade de se relacionar com os trabalhadores inscritos em cada zona, mas também do grau de exigência que o Estado impõe aos desempregados, como contrapartida do subsídio que dá, para que estes se empenhem em encontrar novas oportunidades de trabalho e em aceitar o que lhes é proposto.
 


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