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19 mars 2006

AQUI E ALI

Judite de Sousa (JN)
No actual quadro político, com um governo de maioria absoluta e com um presidente da República que vai fazer o seu próprio caminho sem olhar para o lado, os partidos da Oposição estão numa encruzilhada. Não sabem que agenda inventar porque o Governo está a atacar em todas as frentes e não lhes deixa espaço. Estão sem iniciativa e rasgo num Parlamento amorfo onde nada de muito relevante acontece, à excepção dos debates mensais em que José Sócrates tem brilhado e esmagado. A não ser um outro deslize de um ministro que obrigue a explicações na Assembleia, tudo o resto é cinzento e desinteressante. Fazer oposição nos próximos três anos e meio será um tormento. Não há soluções milagrosas nem santos milagreiros.

António Costa Pinto (DN)
É natural que o patronato se queixe dos sindicatos, aliás cada vez mais débeis, ou que os governos se queixem dos interesses organizados, quando estes desafiam os seus planos, mas é mais difícil interiorizar que o conflito legítimo é uma dimensão de vitalidade, a correlacionar com o dinamismo empresarial ou a mobilidade de mão-de- -obra.
Trata-se no fundo da face diferente da mesma moeda nas sociedades europeias, mesmo que não sejamos simpatizantes de muitas das causas em disputa.
Nesta perspectiva, a baixa taxa de sindicalização, ou do associativismo de causas, para não falar da fraca conflituosidade social, aparentemente uma excelente característica da sociedade portuguesa, sobretudo para quem está no poder, tem como re-verso uma fraca e dependente cidadania. Nem a fogosidade dos meios de comunicação, que fazem de cada grupo de três moradores zangados um grande acontecimento nacional, consegue suprir este défice. 

Rui Tavares (PÚBLICO)
O que Cavaco faz, como sempre fez, é o mais natural a qualquer político. Não se pretenda é que o faça sem que lhe seja notado. Ninguém deixa de ser republicano se disser: em Cavaco não me agrada a estética nem a ética. A ética do desaparecimento conveniente como forma de tratar da carreira "académica". A estética que leva de entoar a Grândola Vila Morena em campanha a colocar em Belém a mais desastrada tradução para português do neoconservadorismo americano. Há que dizê-lo mais cedo que tarde, porque a democracia não é feita de calar desgostos e discórdias.

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